Estudantes de quê? Eu repetia: köpépiskola, que é como se chama o curso secundário. E Pisti: não entendi. E eu: köpépiskola. Ele: de novo. Eu: köpépiskola, não é assim que se diz? Não, idiota, é köpépiskola, e o pior é que eu não percebia a diferença. Eu me empenhava em falar um húngaro tão rigoroso que talvez por isso mesmo ele às vezes soasse falso. Talvez uma palavra aqui ou acolá, pronunciada com esmero excessivo, chamasse a atenção como um olho de vidro mais real que o bom.
"Budapeste", de Chico Buarque, Publicações Dom Quixote.
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Uma afirmação do mais exemplarizante. Lembra-me uma carta-ao-director aparecida há uns anos em La Voz de Galicia na que uma pessoa criticava o uso do NH no galego (com valor do 'ñ' castelhano) porque "los gallegos no hablamos con NH". Para além da confusão entre o de falar e escrever daquela pessoa, há algumas analogias com o texto que puseste aqui.
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