> Dous momentos, unha morte < Hai dous momentos decisivos que certifican a morte da democracia formal: o primeiro, no 2000, cando Al Gore vence nas eleicións americanas pero a Corte Suprema decide que George Bush sexa o presidente. O segundo, a pasada sexta feira, coa traición ao eleitorado portugués do Jorge Sampaio. Se todos nós sabemos que a verdadeira democracia debe ser outra cousa ben diferente, ¿a que agardamos para construíla? ¶ 2004-07-13, 01:00 | 8 comentarios

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1	De: caladinha Fecha: 2004-07-13 09:21
É onde están os planos para empezar esa construcción?? E quen ten a receita do cemento para sostela?

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De: Leonel Vicente Fecha: 2004-07-13 22:16

Como já ficou claro nos posts que escrevi no Memória Virtual e nos comentáros aqui, não estamos de acordo... Acho que continuamos a viver em democracia; não tivemos oportunidade de escolher este novo governo de Portugal, mas, daqui a pouco mais de 1 ano e meio, este governo será julgado por todos os portugueses. Penso que o que se passou nos Estados Unidos, isso sim, foi muito grave: primeiro, porque não foi o candidato mais votado a ser eleito; segundo, porque isso significou que tivemos que sofrer com as políticas de Bush.

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De: Mariana Pereira da Costa Fecha: 2004-07-13 23:01

Não penso que a democracia tenha morrido. Ambas as opções que o Presidente da República tinha diante si eram constitucionais. Desta vez não se dissolveu a Assembleia da República, mas Sampaio deixou bem claro que, caso o novo governo se desviasse demasiado para a direita, iríamos a votos. De resto, é preferível que Santana tenha chegado a São Bento assim do que apoiado pelo Povo... o que provavelmente teria acontecido.

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De: Martin Pawley Fecha: 2004-07-13 23:25

Efectivamente, non estamos de acordo, Leonel e Mariana. ¿Como podemos falar de democracia, diga o que diga a constitución portuguesa, cando o primeiro ministro vai ser unha persoa que non saeu das urnas? ¿Que foi do povo, por que non se lhe pregunta? ¿Parécelhes pouco non ter escolhido a este novo governo? Polo demais, a min non me meten medo as decisións populares; se os cidadáns portugueses decidisen optar de novo polo PSD ou polo PP, por min perfeito. Eu vivo nun país que leva votando desde o 1989 ao ex-ministro franquista Manuel Fraga como presidente, así que esas cousas non me sorprenden. Dóeme, claro, pero acéptoo: así son as regras. Pero cando esquecemos os principios esenciais do sistema democrático, ¿que nos queda?

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De: Leonel Vicente Fecha: 2004-07-13 23:30

Isto que escreve a Mariana era um perigo real: caso Jorge Sampaio tivesse decidido convocar eleições, a direita iria adoptar uma estratégia de vitimização e, tendo - quer Pedro Santana Lopes, quer Paulo Portas - características "populistas", a coligação PSD + PP poderia mesmo ganhar as eleições (e assim, em vez de 1 ano e meio, teríamos 4 anos deste governo); acresce que, nesse cenário, a posição de Sampaio teria ficado terrivelmente debilitada (caso tivesse rejeitado a formação do governo e ele depois viesse a ganhar as eleições). Tudo é bem mais complexo do que parece; Sampaio teve que ponderar todas estas possibilidades; pode não ter querido arriscar; desiludiu muitos portugueses que o apoiavam, mas... vamos ficar (todos) "vigilantes" à acção do governo. Martin, desculpa se me estou a alargar demais com estes comentários...

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De: Martin Pawley Fecha: 2004-07-13 23:36

En absoluto, Leonel; antes polo contrario, agradezo as vosas explicacións, xa que non acabo de entender as razóns polas cales Sampaio fixo o que fixo. Contodo, na minha opinión, mais que nas posibilidades de que a dereita ganhase as eleicións (cousa nada fácil, á luz dos seus resultados nos comicios europeos), o principal valor a considerar polo presidente debera ter sido a esencia mesma da democracia: que os governos deben ser elixidos polos cidadáns. Afastarse diso é sempre unha traición, por moito que Sampaio poida logo inspirarnos maior ou menor aprezo en función da súa longa traxectoria política.

7	De: xisbe Fecha: 2004-07-14 23:49
Iso de que os galegos levan quince anos votando a Fraga non o acabo de crer. Unha cousa é votar e outra e carretar votos. E onde haxa unha subvención que se quite a democracia. O noso pobo vota ou deposita o voto?

8	De: Martin Pawley Fecha: 2004-07-15 20:11
O noso povo vota, xisbe. As razóns polas cales vota podemos discutilas, se o desexa, pero vota.